Postagens

Mostrando postagens de janeiro, 2018
rasga aqui na minha frente o teu peito aberto e me mostra a ferida que se abriu, se isso é verdade. mas não fica se isso te dói. transfigura o parto dessa conexão ociosa que se estabeleceu no silêncio entre as nossas confidenciais e fala na minha cara que a saudade não corrói. não te assusta? dormir me olhando e acordar de madrugada porque eu pedi o teu abraço, calada, e me envolver sabendo que o caminho que o teu corpo faz até o meu nessa hora faz com que teu estômago se retraia e se ele tivesse boca, gritaria doendo: NÃO! eu percebi. fomos fracos. somos fracos. até parece que nunca falamos sobre amor antes. isso aqui tá longe de ter amor, você sabe. é repulsa. e eu percebi. tudo bem partir. mas não fica se isso te dói.
desmancha a tua cor e mistura ao tom da minha pele arma tua cura e senta aqui depois do cansaço me olha de canto que eu finjo que não tô vendo e danço um pouquinho assim porque eu sei que você gosta constrói teus desejos nas minhas costas e me deixa erguer prédios pros versos escritos com o jeito que você anda caminha comigo depois das oito da noite quando o sol abaixar e só restar espaço pra dois no meio da rua