desmancha a tua cor
e mistura ao tom da minha pele
arma tua cura
e senta aqui depois do cansaço
me olha de canto que
eu finjo que não tô vendo
e danço um pouquinho assim
porque eu sei que você gosta
constrói teus desejos nas
minhas costas
e me deixa erguer prédios
pros versos escritos com o
jeito que você anda
caminha comigo
depois das oito da noite
quando o sol abaixar
e só restar espaço pra dois
no meio da rua
não é que eu esteja sempre fugindo não é porque eu adio uma resposta adianto o relógio e os passos não é pela assimetria do espaço que não contribui pra que eu esteja perto é pela calmaria que não me abriga não me suporta então eu escorrego entre as pessoas como água corrente entre os dedos mas sempre correndo pra lugar nenhum.
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