desmancha a tua cor
e mistura ao tom da minha pele
arma tua cura
e senta aqui depois do cansaço
me olha de canto que
eu finjo que não tô vendo
e danço um pouquinho assim
porque eu sei que você gosta
constrói teus desejos nas
minhas costas
e me deixa erguer prédios
pros versos escritos com o
jeito que você anda
caminha comigo
depois das oito da noite
quando o sol abaixar
e só restar espaço pra dois
no meio da rua
o amor hoje é o jeito que eu acordei com o estômago remoendo as borboletas sem conseguir digerir as asas e elas ficam assim meio voando pra lá e pra ca fazendo cócegas na minha barriga ou o jeito que eu acordei naquele no meio do nada e o banho de cachoeira depois do sol invadindo meus cantinhos todos a água é tão gelada quanto o frio que da na espinha da nunca aos pés quando os dedos dela te tocam dos dedos entrelaçados e em cada espaço entre um corpo e outro há de se ver sem falhas um universo e mais outro e mais mil pois cada um tem o seu e cultiva ali, naquele espaço entre um corpo e outro uma fusão de cada um o amor, hoje... é o jeito que os olhos marcam cada detalhe como fossem câmera fotográfica pra mais tarde deitar a cabeça no travesseiro e ver tudinho refletir num sonho bom.
Comentários
Postar um comentário