desmancha a tua cor
e mistura ao tom da minha pele
arma tua cura
e senta aqui depois do cansaço
me olha de canto que
eu finjo que não tô vendo
e danço um pouquinho assim
porque eu sei que você gosta
constrói teus desejos nas
minhas costas
e me deixa erguer prédios
pros versos escritos com o
jeito que você anda
caminha comigo
depois das oito da noite
quando o sol abaixar
e só restar espaço pra dois
no meio da rua
é engraçada a espera a gente espera mesmo sabendo que não vem a mente cria mantras sobre nomes alimentando preces sobre aquela chegada e até quem é ateu reza pela hora em que vai ver aquelas pernas passando pela porta a voz no telefone... a mensagem que não chega e vira de novo essa estranha agonia de esperar e vigiar os centésimos dos milésimos dos segundos dos minutos do tempo que nunca passa e aquelas pernas não passam pela porta o telefone não toca a mensagem não chega, e... você não vem.
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