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Mostrando postagens de setembro, 2015
Eu sonhei com você. CARALHO, Eu sonhei com você! Tão real que acordei tateando a cama, procurando -você- sabe-se lá que porra; tentei dormir de novo pra ver se tinha tal sonho de volta; surtei a ponto de quase te ligar e dizer "Caralho, eu sonhei com você!" seguido de um "agora vá tomar no seu devido cu por me fazer pipocar de tal forma às 6h da manhã!!!" Você tem ideia do que é sonhar com você? Acordar trovoando, raivando e te amando embaraçadamente, atrapalhando o sono que eu custei tanto pra conseguir? Desordenou tudo. Revirou, remexeu, re, re, re... E sabe quem vou ter que arrumar isso tudo? So-zi-nha. Tirando o dia pra explicar pra mim que o beijo do sonho não foi nada. Eu senti teus labios, teu pegar, teu carinhar, como se você estivesse aqui, mas não foi nada. Acordei sentindo o teu cheiro, -que aliás eu nunca senti- mas ta tudo certo. Não há de ser nada, NA-DA, sentir teu cheiro assim Quantas doses de "não foi nada" eu vou ter que to
Zero. Zero negativo se for possível. É como estar cheia de ar e não poder, não ter, onde solta-lo. No papel? Eu vejo as linhas, elas me veem. Suplicam! "Nos preencha, nos tire desse branco total, nos use, nos rasgue, joga tua raiva, teus amores, teus temores. Mas não nos deixe vazias assim!". Eu as ouço e sussurro, grito por dentro, clamo com os olhos: "Me ajudem, arranca daqui de dentro o que não quer sair livremente! TA PESANDO! SANGRANDO, ESTANCANDO, FERINDO OUTRA VEZ... me ajudem! [sussurros]". Elas não entendem minhas súplicas, de modo que eu as escuto o tempo todo. É desesperador. Cheguei ao vácuo, me joguei e não consegui mais sair. Zero absoluto. Escrever sobre não saber escrever, mesmo tendo tantas coisas para colocar no papel. Mesmo tendo muitos medos -inconfessos-, amores -mortos e vivos-, "sentires" e quereres para trocar com as linhas, preenche-las. Satisfazê-las. Me esqueci onde fica o inicio. Começo pelo meio, retornando ao final e pre
Como na ciranda, "o amor que tu me tinhas, era pouco e se acabou" (ou era muito e sufocou). Perdi o ar, quando teu abraço, apertava como uma camisa de força e perdi as estribeiras quando não pude mais me confiar a você. Confiar em você. É quase uma carta de despedida, onde escrevo pra ti sobre o mar que testemunhou os beijos e as trocas silenciosas de palavras tão cheias de um tudo que havia aqui dentro e aí dentro. Sobre as ruas que sentiram os pneus do carro onde ouvimos nossas músicas e dançamos sob o uníssono do universo, emanando energias sob nossas idas e vindas, daqui e dali. Sobre a minha cama se desfazendo, quando nossos corpos atritavam e ecoavam desejo e um quê de amor em cada canto que ocupamos, da casa, naquelas noites. E naqueles dias em que estar na companhia um do outro, era a chance pra um dia melhor que o outro. Sobre a intensidade e a eternidade que durou nosso pouco tempo. Tempo... "O amor que eu te tinha, era muito e dissipou", essa é a nossa
eu perdi meu endereço. deus sabe o quanto peregrinei nestes solos febris do meu próprio espírito. minhas entranhas conhecem de cor e salteado as marcas ganhas por andar exposta por este mesmo solo. e a dor trombrou comigo em todas as esquinas afim de me fazer lembrar que não há atalho nesse universo que ela não possa pegar e chegar primeiro até mim. primeiro que a coragem e a que a esperança -que além de ser a ultima que morre é também a ultima que chega. Expandir texto.. e sem endereço, se eu fui tão longe e não encontrei morada, como eu poderia voltar? no regresso as ruas são ainda mais tortas do que a minha mente poderia se lembrar e como num jogo desmontável de autorama onde eu sou peça e jogadora, o caminho mudou de lugar. atropelei todas as quinas. mas deus, ele viu meus joelhos dobrados no chão. surrados, machucados, acompanhados pela dor que não me larga e sem um pingo de esperança na cara, marcada apenas pelas queimaduras do calor escaldante, sufocante, no meu deserto interno
Sobre a convivência. Quem sou eu pra dizer o que tu sente? Quais são as tuas carências? Ela insiste em dizer "você não sabe", mas eu sei. Ela diz também "você não sente", mas eu sinto. Sinto tanto que me rasga o peito e sinto na carne. As feridas andam em carne viva e fervem, inflamam. As moscas pousam e nem mesmo elas querem ficar. As lágrimas ardem, queimam como ácido e eu sinto como se estivesse perdendo a visão. Pois eu já não vejo. Não vejo mais nós, nós. Não vejo mais o elo e aí é uma facada no estômago. A saudade crescente a cada dia, mesmo lado a lado, é uma automutilação lenta. A estrada que nos trouxe até essa casa ta se desbotando, as cores... elas estão escorrendo, derretendo, porquê saem faíscas das nossas palavras e elas incendeiam tudo. Cacos. Eu estou aos cacos e ela também. Os bom dias são vidros na garganta e as risadas soam mais desesperadas do que verdadeiras. Eu não sei mais estar perto, ela não sabe mais me ter por pe