Como na ciranda, "o amor que tu me tinhas, era pouco e se acabou" (ou era muito e sufocou). Perdi o ar, quando teu abraço, apertava como uma camisa de força e perdi as estribeiras quando não pude mais me confiar a você. Confiar em você.
É quase uma carta de despedida, onde escrevo pra ti sobre o mar que testemunhou os beijos e as trocas silenciosas de palavras tão cheias de um tudo que havia aqui dentro e aí dentro. Sobre as ruas que sentiram os pneus do carro onde ouvimos nossas músicas e dançamos sob o uníssono do universo, emanando energias sob nossas idas e vindas, daqui e dali. Sobre a minha cama se desfazendo, quando nossos corpos atritavam e ecoavam desejo e um quê de amor em cada canto que ocupamos, da casa, naquelas noites. E naqueles dias em que estar na companhia um do outro, era a chance pra um dia melhor que o outro. Sobre a intensidade e a eternidade que durou nosso pouco tempo. Tempo...
"O amor que eu te tinha, era muito e dissipou", essa é a nossa ciranda, meu bem e quem gira nela é o mundo, que deu meia volta e te voltou pro teu canto e eu pro meu. Sem versos bonitos no final. E o beijo de adeus, dizendo "The end", sem a deixa pra uma parte II.
Então, escrevo a ti, por mim. Pra dizer que estou nua, que nessa do mundo brincar de ciranda, eu me despi de você no meio da roda. Que eu criei asas e vou voar alto. Voa também.


Atenciosamente, seu não mais "meu bem".

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