como pode?
só por esses olhos gigantes
me engoliu as nostalgias
as coincidências
que até me esqueci de questionar
se acredita em destino
como pode?
por esse sorriso largo
me apresentar o futuro
e acreditar tanto nas minhas palavras
que afeta-me o íntimo com o interesse
como pode?
que o teu tom
e a sensibilidade das tuas pontuações
acolhem meus ideais
com tanto calor nos traços
que agita o peito de um jeito...
como pode?
o amor hoje é o jeito que eu acordei com o estômago remoendo as borboletas sem conseguir digerir as asas e elas ficam assim meio voando pra lá e pra ca fazendo cócegas na minha barriga ou o jeito que eu acordei naquele no meio do nada e o banho de cachoeira depois do sol invadindo meus cantinhos todos a água é tão gelada quanto o frio que da na espinha da nunca aos pés quando os dedos dela te tocam dos dedos entrelaçados e em cada espaço entre um corpo e outro há de se ver sem falhas um universo e mais outro e mais mil pois cada um tem o seu e cultiva ali, naquele espaço entre um corpo e outro uma fusão de cada um o amor, hoje... é o jeito que os olhos marcam cada detalhe como fossem câmera fotográfica pra mais tarde deitar a cabeça no travesseiro e ver tudinho refletir num sonho bom.
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