nas chegadas
se o amor fosse uma cidade
na chegada teria o teu nome
como uma variação de
"seja bem vindo"
e não haveria preocupação
com a partida
porque é difícil querer ir embora
de você
e se a camisa que veste essa saudade
tivesse uma estampa
seria como aquela tua, do led zeppelin
e a tua ausência cantaria "oh... all my love to you now"
todo meu amor por você
agora
porque não é concebível que
exista outro amanhã pra a gente acontecer
se não hoje
sobretudo, se eu tivesse um
ato de coragem
este seria me arrastar nas horas
e bater na tua porta
completamente nua destes fatos que
amedrontam
pra encostar nos teus cílios e
arrombar as portas dos teus sentidos
só porque é quente
e esse frio que faz aqui fora
eu já cansei de tentar fugir.
o amor hoje é o jeito que eu acordei com o estômago remoendo as borboletas sem conseguir digerir as asas e elas ficam assim meio voando pra lá e pra ca fazendo cócegas na minha barriga ou o jeito que eu acordei naquele no meio do nada e o banho de cachoeira depois do sol invadindo meus cantinhos todos a água é tão gelada quanto o frio que da na espinha da nunca aos pés quando os dedos dela te tocam dos dedos entrelaçados e em cada espaço entre um corpo e outro há de se ver sem falhas um universo e mais outro e mais mil pois cada um tem o seu e cultiva ali, naquele espaço entre um corpo e outro uma fusão de cada um o amor, hoje... é o jeito que os olhos marcam cada detalhe como fossem câmera fotográfica pra mais tarde deitar a cabeça no travesseiro e ver tudinho refletir num sonho bom.
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