gozo poemas sobe
a estupidez humana
e a maldade ingênua
que carrega sua
mente vazia
ao se achar
dona da verdade
falo das feridas
compostas por mãos sujas
e honro minha própria
bondade
em nome da sanidade
escassa
que ainda reside
neste corpo
calo a boca
das angústias deste
estômago febril
e consumo mais um
catástrofe
sumo por aqui
e chego a lugar nenhum
mas volto de mim
um pouco maior
que da última vez
que me perdi
encontro o paraíso
nas linhas deste caderno
e depois que o peito
se alivia de tanta agonia
o amor retorna ao lar
porque já fui
espera ao desabar
e sobrevivência
ao reparar
de ouvidos atentos
que escutar carrega
mais sabedoria
do que falar
e aprendi que
aprender é parte de ser
e ensinar é rotina
de se entregar
é engraçada a espera a gente espera mesmo sabendo que não vem a mente cria mantras sobre nomes alimentando preces sobre aquela chegada e até quem é ateu reza pela hora em que vai ver aquelas pernas passando pela porta a voz no telefone... a mensagem que não chega e vira de novo essa estranha agonia de esperar e vigiar os centésimos dos milésimos dos segundos dos minutos do tempo que nunca passa e aquelas pernas não passam pela porta o telefone não toca a mensagem não chega, e... você não vem.
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