uma estação testemunhou
a minha transgressão
luz
véspera de ano novo
no meu peito
e nas mãos a apreensão
de quem se vê mudar
de pele
de dentro pra fora
renascendo ali: na luz
do dia da cidade cinza
tão viva quanto o céu
azul da planície
tão luz quanto a estação
que testemunhou a minha
transgressão
não é que eu esteja sempre fugindo não é porque eu adio uma resposta adianto o relógio e os passos não é pela assimetria do espaço que não contribui pra que eu esteja perto é pela calmaria que não me abriga não me suporta então eu escorrego entre as pessoas como água corrente entre os dedos mas sempre correndo pra lugar nenhum.
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