quando é que cê vem? 
eu me esgotei de expressões propositalmente constituídas de boniteza
me esgotei de tentar fazer da saudade um poema do allan jonnes,
e das belezas que eu vejo no mundo inteiro quando a flor
da minha pele se arrupia toda assistindo o voo de um beija-flor
que é cansativo demais esperar e a cada segundo que eu espero
esse beija-flor já bateu mil vezes a asa
e voou
quando é que cê arromba minha porta de novo?
eu que me aperreio com invasões adoraria viver uma cena
de filme de ação, swat, missão impossível
tão impossível quanto conseguir mandar esse zero absoluto
da sua presença pro espaço ou sumir numa nuvem de fumaça
que seja
quando é que cê para?
qual é a hora do dia do tempo que cê me olha?
que eu já me perdi demais nas curvas dessas hastes
meio tortas que seus óculos tem
e se cê num para eu fico tonta
meio sem métrica
que nem esse poema
quando é que é?

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