calo vazios
calo a inconstância
que se aloca
em alguma parte
perdida dentro da minha cabeça
calo verdades que
não quero escutar de mim
portanto o papel não
as vê também
calo a letra que inicia
esse poema
e guardo em mim
até que não haja jeito
de prender
meu peito é a própria
faixa de Gaza
e tudo que se cala
explode
por todos os cantos
em conflito
na minha pele
como pode? só por esses olhos gigantes me engoliu as nostalgias as coincidências que até me esqueci de questionar se acredita em destino como pode? por esse sorriso largo me apresentar o futuro e acreditar tanto nas minhas palavras que afeta-me o íntimo com o interesse como pode? que o teu tom e a sensibilidade das tuas pontuações acolhem meus ideais com tanto calor nos traços que agita o peito de um jeito... como pode?
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