meus olhos vermelhos de insônia são o par perfeito dançando marejados conforme a música durante essa sessão inabalável de notas quentes, como o sol que faz la fora agora. e o embolo na garganta precede a urgência que bate e me derreto na frente do espelho ou na rua, as oito ou nove da noite. como você. eu sei. 
é como sentir que o amor é solido e gentil como o dono daquela padoca em santa cecília. 
e então eu eu fico. faço um show particular meio anos 70 em pleno metrô lotado até a estação da cinelândia, só pra te acompanhar até lapa. 
eu fico e até seria sua amiga, mas a beleza de nós dois e a tua (física também, mas não só) nesse momento mínimo e nos outros em que me enxerga mesmo descabelada, súbita, não deixam meu egoísmo querer menos que o teu carinho, mesmo que ele venha num tapa, além da tua quinquilharia invadindo o meu espaço. eu gosto. dos clipes, grampos, espalhados junto com os teus pedaços. 
o que quero dizer, é que há química. e não há matéria que me impeça de explodir e derramar em todos os cantos dos teus braços. onde me entrego e ofereço por igual, sendo nascente e morada de todo amor. 

(sobre Trovoa)

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