Nós éramos nós. A tatuagem no antebraço esquerdo significava mais pra mim do que eu pensava. O cabelo desgrenhado no meio de toda a bagunça sinalizava a presença aquém do que existia entre nós. Um cigarro às cinco da manhã e eu me sentia tão unida a sua fumaça de acordo com o que tu era. É.
Tu: é o vício nas noites insones esperando uma resposta. As quartas feiras cravadas, sobre um texto a cerca da corda moldada no pescoço. Mas eu não posso. Nunca mais. E saber que eu não vou estar la, se a corda arrebentar e sufocar o teu pescoço é como saber que eu condenei o amor a uma prisão perpétua. Mas eu não vou estar. Eu não quero estar. Não depois de saber que de toda dor, desgraçada em amor, eu sou só o que te salva. Só, porque eu te salvo, mas quem afunda sou eu. Não mais. Eu não tô aqui. O tempo fez uma descarga de tudo o que me prendia nesse tempo, seu. Passou. E deixar ir me parece descuidadoso. Mas eu preciso cuidar de mim. Adeus.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog