o que eu queria era pontuar a minha dor. e pra me livrar dela eu quis me livrar do medo que eu sentia olhando pra você.
o que eu posso dizer? talvez eu tenha essa leve tendência a destruir o que eu tenho de bem. é que o meu bem me destruiu tantas vezes, que me acostumei com a rotina de fim do mundo. já disse. eu tive medo. medo de corroer, de me derramar no chão que você pisa, porque todo dia do seu lado eu derreti um pouco e me apavorei quando me vi bem na palma da sua mão.
não deu tempo. por fim, eu escorreguei pelos seus dedos e fiquei lá, no chão.
no começo eu me senti livre. da dor, do medo. pensei em como deve ser libertador pra qualquer poça estar no chão. depois eu redescobri a solidão te vendo desfilar na minha frente sem me enxergar.
não vejo a hora de evaporar.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog