eu nunca vi, de fato o teu rosto,
mas me parece tão familiar quanto o cheiro da comida da dona Ana
e esse cheiro que cê deixa
lá no dentro dessas coisas que
eu guardo
é um gatilho para atirar-me como
que eu fosse uma bala de prata
alcançando a carne de uma lenda
e somando em meu mais íntimo
o dia em que morri mais uma vez
de carinho e cuidado
pelo o que acabou de chegar

eu sou a incerteza exalando em
todos os meus poros
e você martela o meu pé no
chão das coisas que eu quero e
toda vez que me chama de bem
um negócio arde aqui
e articula a minha vontade de
sair pra longe e depois voltar
me derretendo inteira
pra bater na sua porta.

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