Eu a descobri. Ela tem uma coleção de pintas sobre os seios que sobem um
pouco mais até os ombros, mas tem uma ali no pescoço que me deixa
perturbado das idéias. É um imã e certamente é o lado positivo. O lado
negativo são os meus lábios que tratam logo de se alojar ali e criar
vontade própria, a fim de se demorar e absorver daquele sinal tão
pequeno a imensidão das estrelas que compunham aquele corpo. Só pode ser
feita de estrelas. Ou de qualquer coisa que venha do céu, porque não é
possível que seja meramente humana aquela pele, aquele toque tão sutil
que desarma toda a minha grosseria. Ela tem também esses sinais nas
laterais das coxas que eu, particularmente, sinto que é um abismo
prestes a me atirar numa queda livre de luxúria. É que a partir daí, o
que eu avisto não consegue conter cada besteira que passa pela minha
mente e a urgência em por em prática por puro prazer. Meu e dela. Dela
ainda mais, porque não existe nada que me deixe mais ligado do que as
reações que ela tem ao meu toque; à minha boca na dela, nos seios dela,
na cintura, bem ali onde faz cócegas e ela se contorce um pouco abrindo
um riso divertido e excitante ao mesmo tempo. Dentro da ternura, do
tesão e dos conflitos: é ela.
é engraçada a espera a gente espera mesmo sabendo que não vem a mente cria mantras sobre nomes alimentando preces sobre aquela chegada e até quem é ateu reza pela hora em que vai ver aquelas pernas passando pela porta a voz no telefone... a mensagem que não chega e vira de novo essa estranha agonia de esperar e vigiar os centésimos dos milésimos dos segundos dos minutos do tempo que nunca passa e aquelas pernas não passam pela porta o telefone não toca a mensagem não chega, e... você não vem.
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