Eu a descobri. Ela tem uma coleção de pintas sobre os seios que sobem um
pouco mais até os ombros, mas tem uma ali no pescoço que me deixa
perturbado das idéias. É um imã e certamente é o lado positivo. O lado
negativo são os meus lábios que tratam logo de se alojar ali e criar
vontade própria, a fim de se demorar e absorver daquele sinal tão
pequeno a imensidão das estrelas que compunham aquele corpo. Só pode ser
feita de estrelas. Ou de qualquer coisa que venha do céu, porque não é
possível que seja meramente humana aquela pele, aquele toque tão sutil
que desarma toda a minha grosseria. Ela tem também esses sinais nas
laterais das coxas que eu, particularmente, sinto que é um abismo
prestes a me atirar numa queda livre de luxúria. É que a partir daí, o
que eu avisto não consegue conter cada besteira que passa pela minha
mente e a urgência em por em prática por puro prazer. Meu e dela. Dela
ainda mais, porque não existe nada que me deixe mais ligado do que as
reações que ela tem ao meu toque; à minha boca na dela, nos seios dela,
na cintura, bem ali onde faz cócegas e ela se contorce um pouco abrindo
um riso divertido e excitante ao mesmo tempo. Dentro da ternura, do
tesão e dos conflitos: é ela.
o amor hoje é o jeito que eu acordei com o estômago remoendo as borboletas sem conseguir digerir as asas e elas ficam assim meio voando pra lá e pra ca fazendo cócegas na minha barriga ou o jeito que eu acordei naquele no meio do nada e o banho de cachoeira depois do sol invadindo meus cantinhos todos a água é tão gelada quanto o frio que da na espinha da nunca aos pés quando os dedos dela te tocam dos dedos entrelaçados e em cada espaço entre um corpo e outro há de se ver sem falhas um universo e mais outro e mais mil pois cada um tem o seu e cultiva ali, naquele espaço entre um corpo e outro uma fusão de cada um o amor, hoje... é o jeito que os olhos marcam cada detalhe como fossem câmera fotográfica pra mais tarde deitar a cabeça no travesseiro e ver tudinho refletir num sonho bom.
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