Eu a descobri. Ela tem uma coleção de pintas sobre os seios que sobem um pouco mais até os ombros, mas tem uma ali no pescoço que me deixa perturbado das idéias. É um imã e certamente é o lado positivo. O lado negativo são os meus lábios que tratam logo de se alojar ali e criar vontade própria, a fim de se demorar e absorver daquele sinal tão pequeno a imensidão das estrelas que compunham aquele corpo. Só pode ser feita de estrelas. Ou de qualquer coisa que venha do céu, porque não é possível que seja meramente humana aquela pele, aquele toque tão sutil que desarma toda a minha grosseria. Ela tem também esses sinais nas laterais das coxas que eu, particularmente, sinto que é um abismo prestes a me atirar numa queda livre de luxúria. É que a partir daí, o que eu avisto não consegue conter cada besteira que passa pela minha mente e a urgência em por em prática por puro prazer. Meu e dela. Dela ainda mais, porque não existe nada que me deixe mais ligado do que as reações que ela tem ao meu toque; à minha boca na dela, nos seios dela, na cintura, bem ali onde faz cócegas e ela se contorce um pouco abrindo um riso divertido e excitante ao mesmo tempo. Dentro da ternura, do tesão e dos conflitos: é ela.

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