na noite passada, num bar amassado no meio da rua eu esbarrei nos meus olhos a cerveja quente no copo borbulhava o esforço homérico em por os pés na rua sem quebrar as pernas numa tentativa frustrada de não pertencer a essa peça mal dirigida que me leva a atuar como um moribundo mendigando um pouco disto e daquilo que eu não sei o que é mas de qualquer forma não sustenta a minha fome de me acorrentar às palavras porque só assim eu existo e no vazio que se encontra dentro da minha carcaça e no bar e na rua e no copo de cerveja e nesta mini prosa que não faz o menor sentido: existir é o meu ato de coragem pra hoje.
não é que eu esteja sempre fugindo não é porque eu adio uma resposta adianto o relógio e os passos não é pela assimetria do espaço que não contribui pra que eu esteja perto é pela calmaria que não me abriga não me suporta então eu escorrego entre as pessoas como água corrente entre os dedos mas sempre correndo pra lugar nenhum.
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