na noite passada, num bar amassado no meio da rua eu esbarrei nos meus olhos a cerveja quente no copo borbulhava o esforço homérico em por os pés na rua sem quebrar as pernas numa tentativa frustrada de não pertencer a essa peça mal dirigida que me leva a atuar como um moribundo mendigando um pouco disto e daquilo que eu não sei o que é mas de qualquer forma não sustenta a minha fome de me acorrentar às palavras porque só assim eu existo e no vazio que se encontra dentro da minha carcaça e no bar e na rua e no copo de cerveja e nesta mini prosa que não faz o menor sentido: existir é o meu ato de coragem pra hoje.
como pode? só por esses olhos gigantes me engoliu as nostalgias as coincidências que até me esqueci de questionar se acredita em destino como pode? por esse sorriso largo me apresentar o futuro e acreditar tanto nas minhas palavras que afeta-me o íntimo com o interesse como pode? que o teu tom e a sensibilidade das tuas pontuações acolhem meus ideais com tanto calor nos traços que agita o peito de um jeito... como pode?
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