é curioso perceber o fim do amor quando se está de fora. acompanhar o retrocesso de cada passo de dois. o jeito sem jeito, cheio de vontade, mas com pouco entusiasmo. a alegria triste em ter por perto, mas não mais pertencer. a sensação é quase como a de estar indo embora daquele lugar tão aconchegante que chega a dar um nó no coração. aperto na garganta. é mais curioso ainda, porque é tão triste ver o amor ficar ali no meio enquanto duas pessoas viram as costas uma pra outra num movimento tão lento que é quase imperceptível e aí você se dá conta de que já esteve lá, e de que alguém assistiu com o mesmo pesar, você ir embora de alguem.
como pode? só por esses olhos gigantes me engoliu as nostalgias as coincidências que até me esqueci de questionar se acredita em destino como pode? por esse sorriso largo me apresentar o futuro e acreditar tanto nas minhas palavras que afeta-me o íntimo com o interesse como pode? que o teu tom e a sensibilidade das tuas pontuações acolhem meus ideais com tanto calor nos traços que agita o peito de um jeito... como pode?
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